quinta-feira, 29 de julho de 2010

Divagações...

Caros leitores...

Eu sei que a intenção inicial do blog era ser como um diário.

Não sendo eu um poeta lirico, nem nada que se assemelhe a um Eça de Queiroz, talvez, ande mais pelas qualidades literárias de um saramago, sei que devo fazer um esforço para ser mais produtivo. Isto porque, certamente, todos vós estarão ansiosos por notícias aqui deste cu de judas do planeta.

Então assim, a jeito de divagação, e quase em rima prósica... o que há a dizer do Afeganistão.

Deus fez o mundo, tal como está prescrito no Génesis... e ao oitavo dia, lá se lembrou que tinha deixado um buraco no planeta. Nasceu assim esta terra (des)encantada. 

No entanto, e observando de uma posição, mais... mais à Google Earth... não consigo deixar de fazer algumas comparações com o nosso jardim à beira mar plantado. O pensamento que mais se me avassala na lembradura (que é como quem diz, na cabeça) é aquela frase romana... Cá para este sitio, há um povo que nem se governa, nem se deixa governar.

Não se governam porque quem manda, anda a comer à custa do povo. Nem se deixam governar, porque sempre que alguém os tenta domar, lutam como leões. Creio mesmo, que esse é o principal factor de união nacional. Há falta de melhor para fazer, e já que não está a passar nada de jeito na televisão, vamos lá por um IED... limpar uns Yankees ou qualquer coisa do género. Já que não se bebe. 

Querem que seja sincero? 

Não vejo solução para isto.

Os talibãs há muito que se foram. Voltaram os senhores da Guerra. Todos querem o poleiro de um país miserável, que todos querem, mas a que ninguém liga. Quem sofre...???

Nós por aí e eles por cá...

Quem sofre é sempre o mexilhão, a conquilha, o berbigão, chamem-lhe lá o mulusculo que lhe queiram chamar.

Num país em que nem regras de trânsito há, só mesmo a sharia para por isto a funcionar. Só gostava de saber quem somos nós para lhes dizer que estão errados.

Não se muda a mentalidade de um povo à marretada. Só com educação, mas há gerações que temos de as considerar perdidas. Nasceram agarrados a uma arma, e agarrados a ela vão morrer.

Aqui verde... só mesmo a cor da fé que os orienta. Porque os campos... não têm o verde da esperança.

Inxalá... oxalá... Deus se lembre que se esqueceu deste lugar.

Vou dormir...

Adeus e até ao meu regresso.

Inxalá

 

 

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